quinta-feira, 23 de junho de 2011


Pegar o telefone e discar seu número. Desligar. Parar, olhar para o seu nome nos contatos da agenda do celular. Pensar e pensar. Passar o dedo pelos botões dos números. Imaginar o que você falará, o que eu falarei, como nos sentiremos e, depois de instantes de dúvida, acabar ligando. Após alguns minutos de uma conversa superficial e nada íntima, me despedir. Colocar o telefone no gancho e dar um leve suspiro. Perceber que de nada adiantou. Continuo sem saber o que lhe causa falar comigo. Pensar que da mesma forma com que eu agi, fingindo que nada nunca aconteceu, você pode ter feito. Ou não. Essa dúvida sempre existirá, ou então, pelo menos por um tempo eu a levarei, sabendo que um dia realmente saberei ou simplesmente esquecerei.